“…A atuação do psicólogo no CRAS, pautada na Psicologia Histórico-Cultural, faz possível uma prática voltada para a crítica à individualização dos problemas humanos, já que entende a origem e o desenvolvimento dos processos mentais do sujeito como compostos socialmente, culturalmente e historicamente, a partir da participação ativa do homem, e mediada pelo uso de instrumentos e signos (MENZ; CAMARGO, 2020). O indivíduo é entendido, na Psicologia Social, como historicamente e socialmente construído a partir de suas relações sociais vivenciadas dentro de um determinado contexto em que está presente, sendo o papel dessa Psicologia o de transformar a realidade social daqueles sujeitos que estão em condição de vulnerabilidade e, pautada nessa concepção de homem, a Psicologia Social Comunitária objetiva a transformação dos indivíduos dentro da comunidade em sujeitos ativos, históricos e comunitários, procurando desenvolver a consciência dos moradores e não apenas o desenvolvimento dos grupos e da própria comunidade (FURLAN, 2018). Percebe-se que a Psicologia Histórico-Cultural e a Psicologia Social possuem visões muitas parecidas entre si que, por vezes, se complementam, e que a Psicologia Comunitária, apesar de possuir concepções próprias, baseia alguns de seus aspectos nessas duas Psicologias.…”