O combate aos delitos transfronteiriços é um tema central na agenda política dos países sul-americanos. Embora não haja rivalidades que possam desencadear conflitos armados a curto prazo, a América do Sul é vulnerável às ações de organizações criminosas. A porosidade das fronteiras, a pobreza da maioria da população e a escassa presença de instituições estatais nas fronteiras favorecem a existência dessas organizações e, consequentemente, os fluxos ilícitos. Na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, a disponibilidade de sistemas de transporte e comunicação favorece o tráfico de drogas e armas, o que aumenta os índices regionais de violência. Com o objetivo de intensificar os fluxos legais com o Paraguai, as autoridades brasileiras desenvolveram um marco político e legal que resultou na criação do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON). Os sistemas de detecção remota e as informações fornecidas pelo sisfron aumentaram as apreensões de drogas e armas por parte das operações interinstitucionais realizadas na Faixa de Fronteira. Portanto, esse sistema tem sido crucial não apenas para combater os crimes transfronteiriços, mas também para melhorar os métodos de combate às organizações criminosas que atuam nas fronteiras.