Os sedimentos dos manguezais são muito úmidos e ricos em matéria orgânica em decomposição, formados por uma série de espécies resistentes ao fluxo das marés. Este ecossistema costeiro é formado por uma série de espécies resistentes ao fluxo das marés, com solo contendo um ambiente rico que limita a diversidade de biomas. Objetivo desse estudo foi a identificação de microrganismos e a caracterização físico-química em amostras de sedimento de dois pontos de um manguezal localizados nas proximidades de um hospital na ilha de São Luís, Maranhão. Duas amostras do sedimento foram coletadas em tubos apropriados, armazenadas e encaminhadas para o Laboratório de Microbiologia Ambiental na Universidade CEUMA. No laboratório, alíquotas foram retiradas para as características físico-químicas utilizando-se metodologia conforme preconiza a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), rastreando características como granulometria, matéria orgânica, carbono orgânico, nitrato e nitrito, fosforo total e pH. O solo foi caracterizado como orgânico, rico em nitrato, nitrito e sais minerais, com pH (6,3), característico do ecossistema de mangues. Foi realizado isolamento, identificação dos isolados por MALDI-TOF (do inglês, Matrix-assisted Laser Desorption/Ionization Time-Of-Flight Mass Spectrometry) e teste de susceptibilidade aos antimicrobianos utilizado metodologia de Kirby-Bauer. Foram identificadas bactérias gram-negativas, principalmente do gênero Ochrobactrum e espécies termotolerante, como Escherichia coli que são consideradas patógenos indicadores de falta de saneamento básico e que apresentou multirresistência in vitro aos antibióticos testados. Nosso estudo fortalece a ideia de mais pesquisas para avaliar a diversidade de microrganismos presentes em manguezais para incentivar e alertar sobre a preservação e controle sanitário de ecossistemas de mangue.