A bovinocultura de corte se destaca no agronegócio nacional, contudo, as formas de produção devem buscar a sustentabilidade econômica e ambiental. Nessa busca, o emprego das biotecnologias da reprodução, como a indução de gestação gemelar, é necessário, pois pode aumentar a produção de carne por área. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a técnica de indução de gestação gemelar em bovinos, por meio da transferência dupla de embriões. O estudo foi conduzido na Fazenda Unicesumar e foram utilizadas 100 receptoras bovinas, novilhas e vacas, sem raça definida, distribuídas em grupos: G1 – fêmeas inovuladas com 1 embrião e G2 – fêmeas inovuladas com 2 embriões. As receptoras foram sincronizadas e, no D17, inovuladas com 1 ou 2 embriões de Wagyu produzidos in vitro, de acordo com o grupo experimental. Foi avaliada a taxa de gestação aos 30 e aos 60 dias, taxa de parto, ocorrência de retenção de placenta e de parto distócico e o peso dos bezerros ao nascimento e aos 30 dias de idade. A inovulação dupla de embriões melhorou a taxa de prenhez aos 30 e aos 60 dias de gestação (p<0,05). As novilhas que receberam dois embriões se destacaram na taxa de prenhez aos 60 dias e na taxa de parto (p<0,05). Os bezerros oriundos das receptoras que receberam dois embriões nasceram mais leves (p<0,05). A indução de gestação gemelar em bovinos por meio transferência dupla de embriões é promissora e pode fomentar a produção de carne e contribuir com a sustentabilidade da pecuária de corte.