A reinvenção da Semana e o mito da descoberta do Brasil

Abstract

RESUMO A consagração da Semana de Arte Moderna pela história cultural é fenômeno que data da década de 1940. O artigo analisa a reinvenção discursiva da Semana por meio dos escritos de Tristão de Athayde, Lourival Gomes Machado, Luís Martins, Ruben Navarra, Robert C. Smith e Nestor Victor, entre outros críticos. Aponta-se a correspondência epistemológica e metodológica entre dois mitos originários, gerados nessa época e ainda vigentes: a tese de que o movimento modernista redescobriu o Brasil profundo, resgatando a negritude do apagamento, e a noção de que o modernismo brasileiro seria uma retomada das raízes do período colonial.

The Kyoto Conference on Arts, Media and Culture 2022: Official Conference Proceedings

“…However, even being considered a relevant mark in Brazilian Literature history today, the Modern Art Week in São Paulo became such a celebration happening only during the 40s, after the death of Mário de Andrade, one of its leaders. Recent studies (Cardoso, 2022;Marques, 2022) question the Week's success in its declared objectives-and we need to acknowledge that some of the Modernists themselves had already done their self-critique in the past. There are participants like Yan Moreira Prado, who went as far as to write a 150-pages book against Modern Week in 1976 (Secchin et al, 2022).…”