O artigo teve como objetivo discutir a concepção de cultura a partir de uma experiência de Educação Ambiental (EA) em um curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEdoC) na Universidade Federal de Goiás/ Câmpus Goiás. Para isso, a pesquisa teve abordagem qualitativa e diversos instrumentos para a coleta dos dados: entrevista com a professora efetiva do curso da LEdoC, questionário exploratório para os alunos, gravações das aulas síncronas e do grupo focal, assim como as atividades realizadas pelos alunos durante o Tempo Comunidade. Pode-se concluir que a utilização da “mística” durante as aulas foi importante, possibilitando o intercâmbio de ideias com os alunos, oportunizando o diálogo sobre as experiências e vivências do cotidiano no campo. Desse modo, torna-se relevante que as atividades de Educação Ambiental voltadas para formação dos discentes da Educação do Campo considerem o território, a cultura, a identidade, os aspectos sociais e históricos dos sujeitos do campo. A presença da EA crítica no curso da LEdoC pode contribuir para a formação de um sujeito emancipado e participativo com vistas à construção de uma sociedade mais justa.