Este artigo está inserido em um estudo realizado em um Programa de Pós-Graduação em Educação cujo objetivo precípuo foi analisar eventuais situações de violência homofóbica no ambiente escolar, na perspectiva dos Direitos Humanos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa cujos dados foram obtidos por meio de entrevistas realizadas com gestores de seis escolas públicas do Estado de São Paulo. Em geral, os gestores desenvolvem práticas profissionais com foco no respeito à diversidade e na cultura de paz e, portanto, na perspectiva da Educação em Direitos Humanos. Tratam questões inerentes à homossexualidade com naturalidade, mas reconhecem que, na escola, há situações de intolerância em relação às relações homoafetivas por parte de alguns alunos e professores, mas não de igualdade de gênero, demandando atenção especial da gestão. Contudo, eles não permitem relações de afeto no ambiente escolar independentemente de o casal ser homo ou heterossexual, alguns deles não sabem dizer se uma pessoa trans deveria usar o banheiro masculino ou feminino, sugerem um banheiro alternativo para essas pessoas. Por fim, foi constatado que alguns gestores se mostraram despreparados para lidar com a presença de casais homoafetivos e, assim, suas práticas profissionais tendem a fomentar a violência homofóbica na escola.