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RESUMOBiocombustíveis podem ter uma contribuição significativa na redução de danos ambientais dependendo da sua rota de produção. A produção de bioetanol, ou etanol lignocelulósico, pode ser uma alternativa frente aos combustíveis fósseis e de grande relevância estratégica para o Brasil. Neste contexto, estudamos a análise do ciclo de vida (ACV) da produção de etanol a partir do material lignocelulósico contido no dejeto bovino. Esses dejetos são formados por uma biomassa rica em celulose, que pode ser convertida em glicose e em outros açúcares fermentáveis e, então, ao bioetanol. Para tanto, consideramos como Unidade Funcional o processamento de 1.000 kg de dejeto. Para a análise dos impactos aplicamos o método Ecoindicator 99, através das bibliotecas EcoInvent, do software SimaPro versão 7.3.2. Foram consideradas as seguintes categorias de impacto: cancerígenos, orgânicos e inorgânicos inaláveis, mudanças climáticas, radiação, camada de ozônio, ecotoxicidade, acidificação/eutrofização, uso do solo, minerais e combustíveis fósseis. Para a avaliação de danos ambientais, essas categorias foram agrupadas em três categorias de danos: danos à saúde humana, danos aos ecossistemas e danos aos recursos naturais. De acordo com o estudo realizado, verificamos que o insumo do processo que mais contribuiu na ACV foi o consumo de energia, resultando em maior impacto ambiental na categoria "cancerígenos", agrupada na categoria de "danos à saúde humana". A partir dos resultados, foi possível minimizar os impactos propondo modificações no processo, principalmente nos sistemas de aquecimento que poderão ser utilizados.Palavras-chave: Dejeto bovino. Bioetanol. ACV. ____________________________________________________________________________________________________________