A resistência bacteriana às terapias antibacterianas convencionais tem crescido, estimulando a busca por novas fontes desses fármacos. Espécies vegetais têm sido estudadas quanto ao potencial antimicrobiano e sinérgico com antibióticos convencionais, a exemplo da espécie Scoparia dulcis Linn que é uma planta empregada na medicina popular como agente anti-infeccioso. Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil fitoquímico, a atividade antibacteriana, o sinergismo com antibióticos e toxicidade do extrato de S. dulcis. A espécie foi coletada na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís. O extrato foi obtido por maceração das partes aéreas da planta com etanol 70% e hidromódulo 1:10. A identificação das classes de metabólitos secundários foi feita por meio de testes clássicos de screening fitoquímico. A atividade antibacteriana foi testada por difusão em ágar, microdiluição e sinergismo com antibióticos convencionais. A toxicidade foi avaliada por teste de hemólise e em larvas de Tenebrio molitor. A análise fitoquímica indicou a presença de esteroides, taninos, flavonoides, saponinas e alcaloides. A atividade antibacteriana variou entre as amostras testadas, com Pseudomonas aeruginosa apresentado halo de inibição entre 1,43 e 1,56cm, e a concentração inibitória mínima (CIM) de 200mg/mL e Klebsiella pneumoniae com CIM de 100mg/mL. Não houve sinergismo significativo com antibióticos testados. O extrato mostrou baixa toxicidade pela concentração eficiente para hemolisar 50% (CE50) de 326,90±0,00238mg/mL e frente a larva de T. molitor (p=0,2615). Portanto, o extrato de S. dulcis demonstrou atividade antibacteriana em algumas espécies de microrganismos testados, a toxicidade foi baixa, contudo, faz necessário testes complementares para garantir sua segurança. Esse estudo contribui para a compreensão do potencial de S. dulcis como fonte promissora de agentes antimicrobianos.