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RESUMORedes de sensores sem fio (RSSFs) têm sido utilizadas para aplicações de monitoramento nos mais diversos cenários, como controle industrial, gerenciamento de tráfego, segurança pública, automação residencial, saúde e também monitoramento ambiental. Estas redes são compostas de sensores com restrição de recursos onde a eficiência energética é parte essencial para sua real aplicabilidade. É apresentada neste artigo a sistematização feita das características de três técnicas para redução do consumo energético das redes de sensores sem fio, e como principal objetivo desta sistematização espera-se fornecer elementos para avaliar a aplicabilidade de RSSFs nas tarefas de predição de risco e monitoramento de incêndios florestais. Foi possível concluir que o uso de RSSFs aplicadas a ambientes florestais ainda é uma frente de pesquisa em aberto, sobretudo no que se refere à durabilidade da vida útil da rede. Ainda que as técnicas de redução de consumo energético propostas nos trabalhos avaliados apresentem ganhos, é necessário aprofundar as pesquisas para alcançar um tempo maior de duração das baterias e com isso tornar viável a instalação de nodos em florestas.Palavras-chave: rede de sensores sem fio. eficiência energética. monitoramento de incêndios florestais.
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IntroduçãoIncêndios florestais são motivos de preocupação em âmbito mundial devido aos prejuízos por eles causados, tanto no aspecto econômico quanto na biodiversidade [1].Particularmente, as áreas de proteção ambiental -áreas de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas -no Brasil são monitoradas pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais -PrevFogo através de imagem por satélite [2]. Entretanto, mesmo com um número considerável de satélites sendo utilizados, algumas queimadas não são possíveis de serem detectadas. As seguintes condições impedem ou prejudicam a detecção das queimadas:• Frentes de fogo com menos de 30 m;• Fogo apenas no chão de uma floresta densa, sem afetar a copa das árvores; • Nuvens cobrindo a região; • Queimada de pequena duração, ocorrendo entre as imagens disponíveis; • Fogo em uma encosta de montanha, enquanto que o satélite só observou o outro lado; • Imprecisão na localização do foco de queima, que no melhor caso é de cerca de 1 km, mas podendo chegar a 6 km.A localização dos focos de queimadas apresentada em trabalhos de validação indica que o erro é em média de ~400 m, com desvio padrão de ~3 km; cerca de 80% dos focos estão em um raio de 1 km das coordenadas indicadas [2].No que tange a florestas plantadas, o método mais comumente utilizado para detecção de incêndios é a torre de observação, onde as chamas e/ou fumaça são detectados por meio de observação. O SADI (Sistema Automático de Detecção de Incêndios), sistema que utiliza-se de câmeras para vigilância, é muito usado na Eu...