Com uma perspectiva inclusiva, o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina conta, desde 2014, com uma atuação em docência compartilhada para atender os estudantes público-alvo da educação especial. O trabalho conjunto, entre as professoras de História e de Educação Especial, resultou em uma prática pedagógica inclusiva com uma turma de 8º ano frequentada por uma estudante com Transtorno do Espectro Autista - TEA-, que se beneficia de recursos visuais e interativos para a aprendizagem. Ao trabalhar com o conteúdo curricular de Idade Média, foi proposta à turma uma atividade que consistia na produção de uma cena de teatro a partir da leitura e interpretação de imagens e fragmentos de fontes históricas sobre o período em questão. O objetivo era, de forma lúdica, dinâmica e inclusiva, possibilitar a aprendizagem de todos os estudantes sobre as relações sociais feudais. Como principais resultados, percebeu-se que houve um grande engajamento da turma, mostrando como a linguagem cênica pode ser uma importante ferramenta para aproximar o contexto histórico estudado da realidade dos estudantes, estimulando a imaginação, o senso crítico, a capacidade interpretativa e a inclusão. Dessa forma, esse artigo tem como objetivo descrever e compartilhar essa experiência.