A monotongação do ditongo decrescente oral [eɪ̯ ] já foi amplamente investigada em dados de fala no português brasileiro. Os estudos apontam uma forte influência do contexto seguinte ao ditongo constituído por [ɾ] e pelas consoantes fricativas pós-alveolares [ʃ, ʒ] e sinalizam uma interferência do nível de escolarização do falante. Apesar da ampla descrição do fenômeno em dados de fala, os condicionamentos do processo foram pouco explorados na situação de leitura em voz alta. Diante disso, neste estudo analisamos a monotongação do ditongo decrescente oral [eɪ̯] na fala e na leitura em voz alta de 12 universitários sergipanos, com o objetivo de investigar se há diferença nos condicionamentos do processo nos diferentes contextos estilísticos. A categorização das variantes foi desenvolvida considerando a trajetória dos formantes, parâmetro acústico que caracteriza os ditongos acusticamente, por meio da inspeção visual do espectrograma de banda larga do Praat. Apesar das restrições da amostra de leitura em voz alta, os condicionamentos do processo seguiram a mesma direção em ambos os contextos, sobretudo no que diz respeito à influência do contexto seguinte ao ditongo constituído por tepe e pelas fricativas pós-alveolares.