Na sociedade brasileira existe um consenso de que a escolha de algumas profissões – que exigem formação universitária – constituem um erro, visto que a formação nessas áreas deixaria as pessoas à mercê de dificuldades quanto à alocação no mercado de trabalho e à retribuição pecuniária. Essas representações permeiam o tecido social, e têm, na sua maioria, a sociologia como exemplo por excelência. O artigo tem por objetivo abordar algumas questões referentes à escolha da profissão de sociólogo no Brasil, buscando entender e responder as seguintes questões: como as escolhas quanto ao futuro profissional são feitas pelas novas gerações? Quais os motivos que as determinam e/ou condicionam? Como o mercado de trabalho influencia nessas escolhas? Como o capitalismo e a sociedade de consumo contribuem para essas escolhas? Para dar resposta a essas questões, ainda que provisórias, adotou-se a pesquisa qualitativa como método. Para a obtenção do material bibliográfico e documental a estratégia metodológica empregada foi a pesquisa bibliográfica e documental, na qual foram utilizadas as plataformas de busca Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e o Google Scholar. As buscas nas plataformas mencionadas foram realizadas utilizando as seguintes palavras-chave: sociologia e profissão; a profissão de sociólogo no Brasil; vocação profissional; a escolha da profissão entre jovens estudantes. Desse modo, teses, dissertações, artigos acadêmicos, trabalhos de conclusão de curso e entrevistas/depoimentos de especialistas em educação – extraídos de publicações de diversas mídias – compõem a matéria-prima que embasam as conclusões aduzidas neste estudo. Conclui-se, ao final deste trabalho de revisão, que a sociologia não é uma das formações profissionais consideradas viáveis pelas novas gerações no Brasil, isso porque não detém prestígio social, não apresenta possibilidades de ascensão econômica e não oferece condições condignas relativas à realização de suas atividades laborais.