Collaborative systems are used in several application areas. But, in the context of critical activities, where human life may be involved, the acceptation of such a system substituting human-human coordination is more difficult. The user must delegate a part of his responsibilities to the system and must have a high level of trust in its. Moreover it is difficult to promote changes in an implanted system leading to an evolution of working methods. This article tackles an experience of a collaborative system development in the context of the French air traffic control. We observe that the main artifact of coordination (the paper strip) between air traffic controllers turned an obstacle to the modernization of the system and to a wider collaboration. We searched an alternative to substitute the strip paper and a process to gain the trust of the user in the new system. The article relates the project experience and highlight recommendation for the development of these systems in critical activity contexts.Keywords-component; participative design, multilayer interface,etnological study, air traffic control.
I. INTRODUÇÃOO "strip" (ou etiqueta), artefato de coordenação entre controladores de vôo, chamou regularmente a atenção da comunidade de CSCW [1][2][3][5] ao longo das últimas décadas. Autores observaram como esse simples pedaço de papel contendo os dados relativos aos trechos percorridos por um vôo transformou-se em um poderoso artefato para apoiar a organização de trabalho entre dois controladores envolvidos em uma tarefa colaborativa de controle de vôo. Percebe-se que os strips transformam-se em ferramenta de planejamento de trabalho de acordo com o posicionamento relativo que adquirem no plano de trabalho (stripboard). São também artefatos de coordenação implícita ou explicita de acordo com a manipulação que é feita deles; constituem ainda artefatos de divisão das responsabilidades entre controladores via a transferência do strip de um controlador ao outro; e enfim, como artefatos de memorização e comunicação do trabalho que já foi executado. Para o controle de tráfego aéreo, o strip de papel é uma ferramenta muito eficaz do ponto de vista da interação e, em paralelo, muito flexível, permitindo ao usuário de adaptar o seu uso a novos contextos. Essa flexibilidade, facilitando a catacrese instrumental [4], deu ao strip não apenas o caráter de ferramenta, mas de uma ferramenta para criar ferramentas.O volume de trafego aéreo dobrou entre 1995 e 2009 na Europa, e continua a aumentar, ainda que o crescimento tenha sido freado pela recente crise mundial. Esse crescimento teve necessariamente várias implicações tanto sobre as medidas de segurança quanto sobre os métodos de trabalho dos controladores de vôos. A adaptação às novas condições de tráfego mudou os paradigmas de coordenação entre os controladores. A informação contida no strip permite antecipar riscos de segurança de tráfego aéreo, melhorar a organização de trabalho com outros controladores remotos, e é essencial para a inteira cadeia de transporte aéreo: ...