Tumor de Pott é uma comorbidade rara caracterizada por um ou mais abscessos sub-periosteais do osso frontal as vezes associados a osteomielite subjacente. Fazer um relato de um caso de um paciente pediátrico com suspeita inicial de meningoencefalite que após minuciosa investigação foi diagnosticado com uma doença rara (tumor edematoso de Pott (Pott‘s Puffy tumor) não associado a osteomielite frontal. Trata-se de um levantamento de informações secundarias existentes no prontuário eletrônico (Idoctor) de um paciente, oriundo do interior do estado do Amazonas, internado no hospital referência em infectologia (alta em 2022) que após minuciosa investigação foi diagnosticado com uma doença rara. Paciente masculino, 12 anos, natural e oriundo do interior do estado, bastante choroso, queixando cefaleia, fonofobia e fotofobia intensa, com abaulamento de região frontal. Cervicalgia com rigidez local, sem sinais meníngeos (Kerning e Brudzinsk negativos). O exame do liquido cefalorraquidiano sem alteração. Foi realizada tomografia de crâneo que evidenciou um hematoma epidural em região frontal esquerda sugestivo de tumor de Pott. Devido a manutenção de estado febril após laudo e pareceres dos especialistas que indicavam abordagem cirúrgica para drenagem de empiema subdural, o paciente foi encaminhado para o hospital de referência em neurocirurgia para realização de procedimento cirúrgico. Foi realizada a cultura do material coletado (secreção purulenta) onde o resultado mostrou a presença de Serratia Marcescens e Staphylococcus epidermideis. Após procedimento a criança segue sem dor ou febre. Os exames de diagnóstico por imagem são recursos fundamentais para o conduta médica, acompanhamento de tratamento e prevenção de doenças tornando-se indispensáveis assim também como para o diagnóstico diferencial que possibilita novas alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia, favorecendo uma melhor forma de possibilidade de tratamento.