“…Diversos autores vêm discutindo a eficácia dos instrumentos de tombamento e um ponto de vista quase comum é que em geral as decisões que antecedem os reconhecimentos legais não levam em consideração os anseios das pessoas e em alguns casos alijam os usuários dos espaços agora tombados, ou dificultam sua fruição SANJAD, 2020;GODINHO, 2019aGODINHO, , 2019bOLIVEIRA, 2016). Van Lanen, Van Beek e Kosian (2022) nos indicam que em certos lugares é importante que as metodologias sejam pensadas de modos particulares, dadas as condições sui generis destas e estudos sobre paisagem histórica, sua importância para construção de identidades, manutenção de sentido de pertença ou mesmo como afirmação política que estão ocorrendo em todos os lugares e dentro de praticamente todas as áreas das humanidades (BRUMANN; GFELLER, 2021;DAI;ZHENG;YANG, 2022;DAVES;FACCIO, 2021;DEMJÁN et al, 2022;ONYANGO;OPIYO, 2022;QUINTERO-ANGEL;COLES;DUQUE-NIVIA, 2021;WOODCOCK et al, 2021). Isso tem se dado também porque, como afirmam Tilley e Cameron-Daum (2017), a paisagem é um objeto de estudo que não é de ninguém; há muito é estudada de maneiras diferentes e sob vários disfarces por geólogos, geógrafos sociais e culturais, planejadores, ecologistas, historiadores e historiadores da arte, arqueólogos e antropólogos, e não só.…”