RESUMO Introdução: As doenças de pele são comuns nas consultas da atenção primária à saúde (APS), com mais da metade dessas consultas realizadas por médicos não dermatologistas e frequentemente encaminhadas para especialistas. Profissionais da APS parecem ter conhecimento limitado em dermatologia devido à escassez de práticas durante a graduação, de modo que as tecnologias para o ensino da medicina tem sido cada vez mais utilizadas. Objetivo: Este estudo teve como objetivos desenvolver e validar uma ferramenta tecnológica educacional dermatológica, em forma de aplicativo, para alunos do curso de Medicina e para médicos que atuam na APS. Método: Realizou-se um estudo de desenvolvimento técnico-metodológico para a elaboração e validação de aparência e de conteúdo do aplicativo, no qual a primeira etapa consistiu na elaboração de um aplicativo móvel intitulado Dermap para os sistemas operacionais Android e iOS, composto por telas com definição, quadro clínico, diagnóstico e tratamento das dermatoses mais frequentes, seguido de validação de conteúdo e aparência por juízes especialistas dermatologistas e profissionais da tecnologia da informação, respectivamente. Resultado: O aplicativo Dermap apresenta, em sua tela inicial, uma página contendo 23 doenças que podem ser acessadas individualmente, e a exposição de conteúdo é realizada por meio não somente de textos, como também de imagens, com o objetivo de facilitar o entendimento, e seguida sempre de legendas. Nos quesitos de validação de objetivos, conteúdos, estrutura e relevância, o índice de validade de conteúdo por dermatologistas foi de 100%. Nos quesitos qualidade de interface, estética e linguagem, o índice de validade de conteúdo foi superior a 85% em todos os quesitos avaliados por profissionais de tecnologia da informação. Conclusão: O Dermap demonstrou ser uma ferramenta viável para ser empregada por estudantes, residentes e profissionais envolvidos na instrução e prestação de cuidados de saúde. Pode ser aplicado tanto em ambientes educacionais formais, como salas de aula, quanto em contextos não formais, como ambulatórios, clínicas de saúde e hospitais, com o intuito de aprimorar o ensino da dermatologia. Além disso, possui aspectos de alcance social, visibilidade e transparência.