Na última década, o termo governo aberto passou a ser considerado um método moderno de governança que fornece um novo espaço de abertura baseado na transparência, participação e colaboração. Na literatura acadêmica do campo, pouca atenção tem sido dada a estes princípios, especialmente à colaboração. Por essa razão, os objetivos deste estudo foram identificar, a partir de uma análise teórico-conceitual, as diferentes formas de se classificar a colaboração entre diferentes atores governamentais e não governamentais e distinguir quais de suas características são consideradas adequadas enquanto princípio de governo aberto. Em síntese, o estudo demonstrou que, em um governo aberto, a prática colaborativa deve ir além das parcerias baseadas em concessões ou da terceirização do serviço público. Quando a colaboração for o melhor caminho a seguir, é preciso que o governo esteja, de fato, aberto ao trabalho conjunto e ao compartilhamento de recursos e responsabilidades, sempre observando a melhor forma de atender ao interesse público.