A utilização da classificação de risco familiar para a organização do processo de trabalho no âmbito da Estratégia Saúde da Família

Abstract

O presente artigo objetiva descrever o processo de estratificação de risco familiar e sua relevância, em uma equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF), no município de Montes Claros, MG, Brasil. Relato de experiência de uma equipe multiprofissional em saúde, atuante em uma área adscrita. Foi utilizado instrumento de Classificação de Risco Familiar, idealizado pelo Plano Diretor de Regionalização da Atenção Primária à Saúde de Minas Gerais (PDAPS-MG) que avalia as famílias do território conforme duas dimensões (socioeconômica e presença de condições ou patologias prioritárias). Após o uso da ferramenta foi observada que 29,33% das famílias são sem risco; 29,19% de médio risco; 25,22% baixo risco e 2,88% são de alto risco. Após experiência, os profissionais da ESF avaliaram criticamente a importância da identificação das famílias com essas informações, pois permitem traçar o perfil da comunidade e organizar ações efetivas e resolutivas, seguindo o princípio da equidade em saúde.

Estratificação do risco familiar no processo de trabalho na atenção primária à saúde: Scoping review

“…Para o uso efetivo da classificação de risco, os profissionais da equipa de saúde devem ser treinados no entendimento dos princípios do SUS e na função da atenção básica nesse sistema, porque as equipas reconhecem a potencialidade dos sistemas, mas não utilizavam suas informações para fins de planejamento e de avaliação das ações da equipa (Silva et al, 2014). Assistência familiar na ESF precisa acontecer de maneira multiprofessional, assim, abre-se uma janela de oportunidades para a organização do processo de trabalho da equipa, com vistas a empregar na prática diária os princípios do sistema de saúde, dentre os quais, o da equidade.…”