A macrofauna do solo inclui os invertebrados que apresentam tamanho do corpo maior que 2 mm de comprimento e são considerados bioindicadores de qualidade do ambiente, por serem sensíveis às alterações no ambiente. Dessa forma, este trabalho objetivou analisar os efeitos das práticas de recuperação de áreas degradadas sobre a macrofauna em unidades geoecológicas distintas. Foram analisadas duas áreas experimentais na depressão sertaneja e na vertente seca do planalto da Borborema utilizando as armadilhas do tipo PROVID, as quais foram espacializados em 3 diferentes tratamentos de solo (X, Y e Z) para efeito comparativo. Durante os 4 dias em que as armadilhas ficaram em campo, foram coletados 472 indivíduos na área experimental da depressão sertaneja e 543 indivíduos na área da vertente seca do planalto da Borborema, totalizando 1.015 indivíduos, distribuídos em 13 grupos taxonômicos a nível de ordem. Os resultados não demostraram diferenças significativas entre os tratamentos do solo em relação a abundância e riqueza da macrofauna. Portanto, a partir da presença da macrofauna nos ambientes pode-se ter um entendimento que as duas áreas experimentais estão em processo de formação de novos habitats, onde darão suporte para o equilíbrio ecológico dessas áreas que em algum momento sofreram intensos processos de degradação ambiental.