A utilização do laser fracionado como tratamento para flacidez e atrofia vulvovaginal / The use of fractional laser as a treatment for laxity and vulvovaginal atrophy

Abstract

RESUMOO envelhecimento populacional trata-se de uma realidade mundial. Constata-se que as mulheres representam o grupo relacionado com a maior expectativa de vida, sendo afetada diretamente por alterações hormonais ocasionadas com o avançar da idade. O climatério corresponde a um processo fisiológico no qual a mulher passa do período fértil para o não fértil, ao passo que durante essa inversão tem-se um marco designado como menopausa. A menopausa é responsável pela redução da produção de estrogênio decorrente da exaustão dos folículos ovarianos, podendo, portanto, ocasionar transtornos humorais, distúrbios do sono, redução da libido, disfunções uroginecológicas, osteoporose, afecções cardiovasculares e alteração na qualidade de vida da mulher. Diante da variedade sintomatológica, a Síndrome Genitourinária (GSM), termo anteriormente conhecido como atrofia vaginal, inclui não apenas sintomas genitais e sexuais, mas também urinários. Por certo, a atrofia vulvo-vaginal é capaz de alterar o epitélio fazendo com que ele tenha uma consistência mais fina, frágil, pálida sem a presença de rugosidades. O principal tratamento para Atrofia Vulvovaginal, é realizado a partir de drogas estrogênicas, porém apesar de existirem terapêuticas eficazes, diferentes estudos são realizados a fim de se obterem técnicas mais apuradas e não invasivas que consigam tratar de forma segura a atrofia e flacidez vaginal proporcionado o avolumamento da espessura do epitélio estratificado pavimentoso com consequente melhoria da irrigação vascular vaginal. Nesse sentido, a utilização do laser CO2 fracionado insere-se como terapia promissora para tratamento da flacidez e atrofia vulvovaginal devido sua ação térmica e microablativa, proporcionando a reparação funcional e tecidual vaginal.

A eficácia do laser de Co2 no tratamento da Síndrome Geniturinária na menopausa – uma revisão bibliográfica

“…A menopausa trata-se da redução da produção de estrogênio decorrente da exaustão dos folículos ovarianos e o epitélio escamoso do trato-genital sofre alteração hormonal e morfológicas devido a quantidade de receptores para o estrogênio. A queda da síntese desse hormônio altera a organização das fibras de colágeno, reduz fibras de elastina, além da redução de lubrificação e do fluxo sanguíneo na região (Chagas et al, 2022). O epitélio vaginal, então, começa a ficar com uma consistência mais fina e pálido.…”

“…Observa-se, também, que o canal vaginal se altera tornando-se mais curto, estreito e menos elástico, caracterizando a Atrofia Vulvovaginal (AVV) (Simões et al, 2018). A partir do momento em que o tecido vulvovaginal começa a se encontrar atrofiado, isso se torna uma potência para ocasionar lesões durante a penetração, irritações, sangramento e dor no pós-coito (Chagas et al, 2022). As alterações causadas pela diminuição do estrógeno e outros esteroides sexuais na região da vulva, vagina, Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 6, p.28123-28140, nov./dec., 2023 uretra e bexiga constituem a Síndrome Geniturinária da Menopausa (GSM) (Fernandes, 2018;Shifren et al, 2014).…”