As contribuições dos saberes e fazeres locais para o redesenho da formação inicial de professores de Química se fundamentam nas competências gerais da Educação Básica que anseia pela valorização da diversidade de vivências culturais, conhecimentos e experiências vinculadas ao contexto dos alunos. Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de apresentar uma temática regional para se pensar em construir uma proposta de formação inicial para atender as reais necessidades da região Amazônica, promover melhorias no currículo, garantir o direito à aprendizagem dos alunos, reconhecer as especificidades regionais, fomentar um currículo diversificado que não só valorize e reconheça as diferenças, mas que contemple nos espaços formativos a diversidade cultural, que possui fisionomia própria, com predomínio de elementos indígenas, mesclado a caracteres negros e europeus e cujo ator principal é o caboclo, resultante da miscigenação do índio com o branco, e cuja força cultural tem origem na forma de articulação com a natureza. Para atender um dos princípios da investigação científica, elegemos, em relação à abordagem, a pesquisa qualitativa e descritiva que amparam o procedimento metodológico. Este estudo foi desenvolvido no curso de licenciatura em Química CESP/UEA e nas escolas campo-estágio, tendo como protagonistas do processo de redesenho da formação inicial de professores de Química na Amazônia, professores formadores de professores, licenciandos, professores regentes, alunos da educação básica e pessoas que detém informações sobre os saberes culturais.