“…Eu não concordo, no entanto, que haja menor rigor científico em análises compreensivas, por relação a análises fundadas em paradigmas de racionalidade forte, meramente explicativa e objetiva. Uma racionalidade forte, devota do regime exclusivo, contraria a própria natureza da escrita das ciências sociais e humanas, que se ocupa da "vida das formas" humanas (Focillon, 1981) E, no entanto, o estudo do imaginário em que fundei as minhas propostas a concurso compreendia a leitura de autores como Gilbert Durand (1969); Georgy Lukacs (1974), Erving Goffman (1960), Lucien Goldman (1977, Mikhaïl Bakhtin (1970), Hans-Georg Gadamer (1975), Jürgen Habermas (1981/1984Ernst Cassirer (1975), Jean Baudrillard (1981), Edgar Morin (1956Morin ( , 1962, Umberto Eco (1986); Michel Maffesoli (1979Maffesoli ( , 2000, Omar Calabrese (1987), Pascale Weil (1994 Gonçalves, 2002Gonçalves, , 2007Martins, 1991Martins, , 1994Martins, , 2002aMartins, , 2002cMartins, , 2011aMartins, , 2015bMartins, , 2017a Sendo um discurso, como assinala ainda Michel Foucault (1971, pp. 40-47), em L'Ordre du Discours (A Ordem do Discurso), a disciplina científica constitui sempre uma prática (social) policiada, interna e externamente, pelas convenções metodológicas, pelas normas de objetividade, pelos espantalhos do saber.…”