“…Compreende-se, então, o coração como órgão repleto de representações afetivas, sendo representante da vida e da morte, sede e fonte das emoções e sentimentos (Wottrich et al 2015). Sendo assim, às doenças do coração também podem ser atribuídas representações sociais de vivência da exacerbação de emoções, fantasias, medos, sentimento de ameaça à vida, sensação de vulnerabilidade, dos quais podem desencadear mecanismos de defesas importantes, possibilitando a interferência na aceitação do diagnóstico, no tratamento e na reabilitação do paciente (Frota, Falcão & Santos, 2006;Bergmann, Souza, Scorsolini-Comin & dos Santos, 2016;Ventura & Rodrigues, 2018). Neste cenário, a família apropria-se de um papel importante perante a desorganização e o sofrimento psíquico, na vivência dos sentimentos de medo, insegurança e risco de morte que a doença representa (Oliveira, 2015;Wottrich et al 2013).…”