O trabalho visou compreender a influência da depressão na adesão ao tratamento da anorexia nervosa (AN) buscando estratégias para melhorar a aceitação e a continuidade da terapêutica, assim como otimizar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes. Para isso, o estudo privilegiou o entendimento de distúrbios psicológicos, em especial a depressão, presente em adolescentes, jovens e adultos com AN e o modo pelo qual esse quadro afeta a adesão ao tratamento, podendo gerar a ineficácia da terapêutica existente atualmente. O texto é uma revisão de literatura em que foram analisados 20 artigos selecionados seguindo as diretrizes PRISMA. Os resultados obtidos corroboram a hipótese de que a depressão influencia negativamente na adesão à terapêutica e eficácia do tratamento da AN, aumentando as chances de recaída, pensamentos suicidas e abandono do tratamento. Os antidepressivos, juntamente com o triptofano e as terapias, em especial a terapia baseada na família e a terapia cognitivo comportamental, têm gerado bons resultados. A neuromodulação invasiva e não invasiva também possui resultados promissores, sendo necessários maiores estudos para consolidar os benefícios a longo prazo