DOI: 10.14393/ufu.di.2018.737
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A violência sexual na infância: uma leitura psicanalítica sobre o corpo

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“…Essa perspectiva foi mais bem discutida no escrito Inibições, sintomas e ansiedade, de 1926, que estabelece a visão freudiana do desamparo enquanto resultado de um conjunto de sensações de perigo aposto às manifestações de angústia, tipicamente observadas no vínculo mãe-bebê, conforme orienta o excelso psicanalista ao argumentar a primazia da ânsia da criança pela sensibilidade da genitora, a qual se apresenta tão somente num cenário em que, por excelência, seu psiquismo arcaico pressupõe que ela está a serviço da sua satisfação. Nesse enquadramento, o desamparo encontra lugar nas circunstâncias em que o aparelho psíquico infantil entende como temerárias, e das quais está impossibilitado de agir em sua autodefesa, ou seja, de insatisfação, onde o acúmulo das tensões de necessidade chega a um nível tão demasiado, que a sua impotência é sentida como sentimento de aniquilação, assim como infere Pohl (2018) ao afirmar que, diante da: [...] incapacidade de aliviar a própria tensão, o bebê vive sensações de desprazer e as expressa por meio de gritos, gestos corporais e expressões de sofrimento. Do ponto de vista do adulto, tais manifestações são encaradas como apelo e acabarão por ganhar estatuto semântico diante das interpretações e significações atribuídas a elas.…”
Section: Formulações Sobre O Desamparo Na Obra Freudianaunclassified
“…Essa perspectiva foi mais bem discutida no escrito Inibições, sintomas e ansiedade, de 1926, que estabelece a visão freudiana do desamparo enquanto resultado de um conjunto de sensações de perigo aposto às manifestações de angústia, tipicamente observadas no vínculo mãe-bebê, conforme orienta o excelso psicanalista ao argumentar a primazia da ânsia da criança pela sensibilidade da genitora, a qual se apresenta tão somente num cenário em que, por excelência, seu psiquismo arcaico pressupõe que ela está a serviço da sua satisfação. Nesse enquadramento, o desamparo encontra lugar nas circunstâncias em que o aparelho psíquico infantil entende como temerárias, e das quais está impossibilitado de agir em sua autodefesa, ou seja, de insatisfação, onde o acúmulo das tensões de necessidade chega a um nível tão demasiado, que a sua impotência é sentida como sentimento de aniquilação, assim como infere Pohl (2018) ao afirmar que, diante da: [...] incapacidade de aliviar a própria tensão, o bebê vive sensações de desprazer e as expressa por meio de gritos, gestos corporais e expressões de sofrimento. Do ponto de vista do adulto, tais manifestações são encaradas como apelo e acabarão por ganhar estatuto semântico diante das interpretações e significações atribuídas a elas.…”
Section: Formulações Sobre O Desamparo Na Obra Freudianaunclassified