“…Isso se justifica pelo fato de que as crianças, mesmo as que estão em sofrimento psíquico muito grave, geralmente não se identificam como doentes, só chegando à terapia por intermédio de algum adulto responsável que se preocupe com a saúde da criança e que perceba que alguma coisa está atrapalhando o seu desenvolvimento. Devido a essa relação de dependência de seus cuidadores, estes -sejam eles pais, tios ou avós -acabam invariavelmente sendo inseridos no campo terapêutico (Deakin & Nunes, 2009;Dolto, 1971Finkel, 2009;Klein, 1975Klein, , 1997Prebianchi, 2011;Sei, Souza, & Arruda, 2008;Sigal, 2002). Essa inserção dos familiares na terapia das crianças também foi destacada no desenho a seguir (figura 3):…”