O principal objetivo deste artigo consiste em problematizar o trabalho docente no âmbito da educação básica em escolas públicas no Rio de Janeiro, durante a pandemia, com foco na ampliação das desigualdades sociais, precarização do trabalho e novas formas de resistências para defesa coletiva da saúde. Trata-se de uma pesquisa social de caráter qualitativo e de natureza participativa, realizada em parceria com o Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro, da região de Macaé. Foram adotados como estratégia de estudo os parâmetros da Comunidade Ampliada de Pesquisa, que foi adaptada para o ambiente virtual. Quanto à análise dos dados, utilizou-se a técnica da análise de conteúdo temática, constituindo seis temas principais de interpretação: desigualdades no trabalho docente; iniquidades sociais entre discentes; desigualdades de gênero; diferenças no sentido do trabalho com tecnologias; interseções do trabalho com a saúde; defesa da saúde e do direito à desconexão do trabalho. Verificou-se que as desigualdades possuem diferentes nuances em um cenário desalentador, marcado pela exclusão e adoecimento no trabalho em escolas, ao mesmo tempo em que novas resistências coletivas frente a essas adversidades são criadas.