Introdução: Os abcessos epidurais cervicais são formas raras de infecção, de difícil diagnóstico e tratamento. Cursa com complicações graves, como compressão da medula espinhal, resultando em danos irreversíveis. A prevalência desta patologia é maior no sexo masculino e a idade média de acometimento é de 50 anos. A região da coluna lombar é anatomicamente a mais acometida. Em cerca de 70% dos casos, o agente etiológico é o Staphylococcus aureus. Desenvolvimento: Paciente, masculino, 51 anos, foi admitido no hospital de referência de Palmas - TO devido acidente motociclístico, apresentando fratura do processo órbito-zigomático-maxilar esquerdo. No 8º dia de internação, após cirurgia de osteossíntese dos ossos da face, evoluiu com cefaleia, parestesia e paresia de hemicorpo direito. A Tomografia de crânio não demonstrou alteração. O quadro clínico avançou com completa tetraplegia, quando foi identificado, por Ressonância magnética, a presença de abscesso cervical epidural. Foram realizadas Laminectomia e Laminoplastia Cervical sem melhora da quadriplegia. Considerações finais: Embora o abscesso epidural raquiano seja uma entidade rara, deve sempre ser lembrado como um possível diagnóstico, dado a sua rápida evolução, elevada morbidade e mortalidade. O grau de recuperação está diretamente ligado à rapidez do diagnóstico e inversamente à gravidade do estado neurológico.