A Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) chega ao Brasil sob a égide da clínica tradicional e se difunde no país com os serviços de plantão e aconselhamento psicológico. O advento do SUS exigiu dos profissionais orientados por esta abordagem adequarem sua clínica a esta nova perspectiva de trabalho, sobretudo no primeiro nível de atenção à saúde. Esta pesquisa, de cunho qualitativo, buscou entender, através de entrevistas colhidas com profissionais atuantes na área, as implicações do uso da ACP em seu cotidiano de trabalho. Os relatos apontaram que o uso deste aporte teórico apesenta tanto limitações quanto benefícios para a clínica exercida em Unidades Municipais de Saúde localizadas no município de Belém. Discute-se a respeito do potencial da ACP para este nível de atenção, bem como a possibilidade de que as limitações de seu exercício prático estejam relacionadas com o desconhecimento das inovações desenvolvidas na abordagem após a morte de seu fundador, Carl Rogers.Palavras Chave: Abordagem Centrada na Pessoa. Psicologia Humanista. Atenção Primária à Saúde. Fenomenologia