O estudo objetivou analisar a relação do número de investidores (Pessoas Físicas) em renda variável comparando-o com a variação da taxa básica de juros (Selic) durante o período compreendido entre os anos de 2016 e 2020, pressupondo-se que haja uma relação inversamente proporcional à variação da taxa Selic com o número de investidores (pessoa física) na Bolsa de Valores. Ou seja, à medida em que a taxa Selic é reduzida, tornando menos atrativa a aplicação em renda fixa, aumenta o número de usuários da Bolsa de Valores na busca por melhor remuneração do capital investido. Os dados necessários à execução da pesquisa foram obtidos com exclusividade na B3 mediante contato realizado por mensagem eletrônica. As séries históricas dos valores mensais da taxa Selic foram extraídas diretamente no website oficial do Banco Central (BACEN), corroboradas pelas informações contidas em Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), Brasil, Bolsa e Balcão (B3 S.A.) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados mostram variações negativas na taxa Selic desde o início do período, alcançando mínima de 1,90%; na média, redução de 80,02%. De maneira inversamente proporcional, o número médio de investidores no período apresentou constante aumento, saindo de 558.034 investidores em 2016 para 2.690.799 em 2020, aumento percentual de 382,19%. Houve incremento de 219,55% no volume de capital transacionado, de 111,28 bilhões em 2016 para 355,60 bilhões de reais em 2020, considerando os valores médios anuais. Os resultados comprovam o pressuposto inicial de que o número de investidores em renda variável apresenta relação inversamente proporcional à variação da taxa básica de juros (Selic).