Abordagem endodôntica não cirúrgica em extensa lesão periapical: relato de caso

Abstract

O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de uma extensa lesão periapical em maxila, tratada somente por uma abordagem endodôntica não cirúrgica, com expressivo reparo periapical. Paciente do sexo feminino, 52 anos, compareceu à clínica odontológica, com a queixa principal de “cisto crescendo na boca”. Os dentes 13, 14 e 15 apresentavam-se sem vitalidade pulpar. Os exames radiográficos mostraram duas áreas radiolúcidas, uniloculares, envolvendo os ápices dos dentes 13 e 15, ambos sem sinais de intervenção endodôntica. As áreas eram sugestivas de granuloma periapical e cisto periapical inflamatório, respectivamente. Realizou-se tratamento endodôntico dos dentes 13, 14 e 15. Após 11 meses, notou-se regressão significativa da rarefação óssea periapical, não sendo necessária qualquer intervenção cirúrgica. A paciente continuará em proservação até a remissão completa da lesão. O preparo químico-mecânico, associado ao emprego de medicação intracanal, pode ser suficiente para o reparo de lesões periapicais extensas. Sugere-se que o tratamento conservador seja sempre a primeira opção em casos semelhantes, de forma a se evitar cirurgias parendodônticas invasivas desnecessárias.
 Descritores: Endodontia; Cisto Radicular; Tratamento Conservador.
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Remoção cirúrgica de cisto periapical na região anterior da maxila: relato de caso

“…Normalmente os CPs são resultantes de um processo inflamatório, podendo ser de origem sintomática ou assintomática. Afeta diretamente os tecidos moles e duros das proximidades da raiz dentária, tendo como agente agressor o próprio tecido pulpar necrótico, onde microrganismos se desenvolvem e liberam toxinas (Carneiro et al, 2020). No caso apresentado, o elemento 22, com necrose pulpar, identificada através da radiografia periapical inicial, constituiu-se como o causador da lesão pulpar, sendo, então, indicado o tratamento endodôntico.…”

Diagnóstico e tratamento de periapicopatias endodônticas

“…Por fim, as radiografias desempenham um papel crucial ao fornecer imagens dos dentes e dos tecidos periapicais, permitindo a detecção de lesões periapicais, abscessos, fraturas ou outras anormalidades que podem indicar a presença de uma periapicopatia. Em conjunto, esses métodos de diagnóstico ajudam o profissional a determinar a natureza e a gravidade da condição, orientando o tratamento adequado (CARNEIRO, et al, 2020).…”

“…Além disso,Carneiro et al (2020) relataram um caso de extensa lesão periapical tratada com abordagem endodôntica não cirúrgica, destacando a importância do tratamento conservador em casos complexos. A revisão de literatura de De Oliveira et al (2022) oferece uma visão abrangente sobre o tratamento endodôntico em dentes com lesões periapicais, reunindo informações relevantes de estudos diversos.…”