Páginas 289 a 306 290as complicações obstétricas resultantes do tromboembolismo placentário são as principais causas de morbimortalidade materna. O trabalho objetiva compreender a SAF durante o período gestacional, descrever a sua fisiopatologia na gestação, relacioná-la à ocorrência de complicações e definir o manejo clínico adequado. Trata-se de uma revisão integrativa com a questão norteadora: Como se relacionam a SAF e a gestação? Realizou-se a pesquisa no período de agosto de 2018 a maio de 2020. O corpus foi baseado em consultas a bases de dados on-line. A amostra de sete artigos foi selecionada a partir dos critérios de inclusão: artigos com o assunto principal, disponíveis e completos nos idiomas português e inglês, e publicados entre 2010 e 2019. A associação entre a SAF e desfechos gestacionais adversos é bem estabelecida na literatura e resulta em alterações como: restrição do crescimento fetal intrauterino e oligohidrâmnio. A SAF está associada a maiores riscos para hipertensão gestacional, abortamento e parto pré-termo. Preconiza-se o tratamento da gestante, de forma geral, com aspirina em doses baixas e heparina de baixo peso molecular visando a melhorar o resultado gestacional, apesar de que, evidentemente, nem todas as morbidades decorrentes da síndrome podem ser efetivamente reduzidas. A gestação relacionada à SAF deve incluir acompanhamento prénatal adequado e tratamento multidisciplinar em serviço especializado. O manejo adequado deve contemplar rigoroso controle clínico e laboratorial além de monitoramento ecográfico fetal.