Neste trabalho foram avaliadas as principais causas de condenação de fígado bovino na inspeção post mortem, a partir do levantamento de dados, em um abatedouro-frigorífico situado no Estado do Espírito Santo, sob Serviço de Inspeção Federal (SIF). Para realização do levantamento, utilizou-se as fichas oficiais do Serviço de Inspeção Federal (SIF) referentes ao abate mensal de bovinos e suas respectivas condenações hepáticas durante o ano de 2022. Foram abatidos 45.482 bovinos nesse período, sendo 43.578 machos (95,81%) e 1.904 fêmeas (4,19%). Ao total, 4.365 fígados foram condenados, sendo uma frequência de 9,6% do total de animais abatidos. Três afecções foram as mais recorrentes: os abscessos hepáticos que totalizaram 1.357 condenações (31,1%), seguidos pela peri-hepatite e pela fasciolose, responsáveis por 546 (12,5%) e 518 (11,9%) condenações, respectivamente. As três lesões mais frequentes citadas somaram 55,5% das condenações de fígados bovinos. Também foram detectadas outras causas de condenação, como contaminação gastrointestinal e biliar, que obteve o total de 924 casos (21,2%), além de 514 casos de teleangiectasia (11,8%), 505 casos de cirrose (11,6%) e 1 caso de alteração linfática (0,001%). O prejuízo econômico devido às condenações hepáticas foi substancial para a indústria, totalizando uma média de R$ 41.467,50, no decorrer do ano de 2022. Dessa forma, torna-se imprescindível a diminuição de afecções hepáticas, identificando suas principais causas e possíveis soluções, a fim de minimizar perdas econômicas para a indústria.