tem como objetivo a apresentação do trabalho de ação crítico-formativa desenvolvido, no ano de 2019, com professoras formadoras de Língua Portuguesa da Secretaria da Educação do Estado do Acre. Mobilizando os conceitos de gêneros discursivos, sequência didática e multiletramentos e ancorada, metodologicamente, na Pesquisa Crítica de Colaboração (PCCol), a pesquisa desenvolveu-se a partir de atividades que exigiam uma atuação crítica, colaborativa e reflexiva dos professores de Língua Portuguesa, com o objetivo de desenvolver a intervenção e a transformação da realidade escolar existente e vivenciada pelos sujeitos da pesquisa.Inicialmente, as autoras retomam algumas discussões e orientações sobre o ensino de Língua Portuguesa e a formação de professores(as) no Brasil, relacionando esse ensino com os índices dados pelos exames nacionais e internacionais, que o classificam como deficitário e insuficiente, assim como também, com a orientação, com base em uma concepção dialética, dada pelos documentos orientadores do ensino de Língua Portuguesa.Para isso, ao acentuarem que as atividades humanas são mediadas pela linguagem, fazem uso do conceito de gêneros discursivos da teoria de Bakhtin (2016), problematizam a sequência didática através dos autores Dolz e Schneuwly ( 2004), discutem os multiletramentos através da concepção do New London Group (1996), Cope e Kalantzis (2000, 2013a; 2013b), por fim, focalizam a ação crítico-formativa, a partir das intervenções formativas, propostas por Engeström (2011), problematizando os objetivos e conceitos teóricos que emergiram nas discussões e sua ressignificação, a partir da reflexão-na-ação e sobre-a-ação, com base na teoria de Schön (2000).O artigo está estruturado em cinco partes: a) ensino de Língua Portuguesa -interação e diálogo; b) formação de formadores de Língua Portuguesa -tensões e evoluções; c) intersecção pelo diálogo entre os gêneros discursivos, a sequência didática e os multiletramentos; d) ação crítico-formativa -um modo de olhar a formação de formadores; e) ação crítico-formativa -revista ao gênero discursivo, sequência didática e multiletramentos.Na primeira parte, as autoras chamam a atenção para a necessidade de pensar o ensino da Língua Portuguesa a partir da sua característica dialógica, viva, multiforme e contextualizada com as práticas sociais, com a diversidade, com as múltiplas situações, os diferentes tempos, contrariamente, ao