O processo de decomposição da serapilheira regula o acúmulo de matéria orgânica no solo e a ciclagem de nutrientes, desempenhando importante papel na manutenção de ecossistemas florestais. Objetivou-se avaliar a decomposição da fração foliar da serapilheira de plantios homogêneos de Bambusa vulgaris, Azadirachta indica e de Eucalyptus urophylla, utilizando como referência uma área de Floresta Estacional Semidecidual. As áreas de estudo estão localizadas no município de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Para a avaliação da decomposição utilizou-se o método dos litterbags, sendo as coletas realizadas aos 30, 75, 120, 180, 240 e 350 dias. A partir dos resultados de massa remanescente, estimou-se a constante de decomposição (k) e o tempo de meia-vida. A serapilheira foliar foi submetida à análises químicas para determinação dos teores de carbono, nitrogênio, polifenóis, celulose e lignina. Ao final de um ano, bambu e nim indiano tiveram mais de 65% da sua serapilheira decomposta, com constantes k iguais a 0,0033 e 0,0069 g g-1 dia, respectivamente. O plantio de eucalipto e a floresta nativa apresentaram perdas de massa inferiores a 50% e valores de k menores que 0,0020 g g-1 dia. A serapilheira foliar do bambu e do nim indiano mostra-se mais propensa à decomposição, com taxas superiores ao eucalipto e à floresta nativa, o que proporciona a estas duas espécies uma maior capacidade de reciclar matéria orgânica e nutrientes.