Identificar os perfis nutricional e dietético de pacientes portadores de neoplasia de próstata, relacionando com gravidade do tumor e desfechos pósoperatórios. Métodos: Entre janeiro de 2019 a dezembro de 2020, foram avaliados os perfis nutricional e dietético dos pacientes portadores de tumores de próstata, bexiga e rim, porém nesse momento faremos um recorte para câncer de próstata, buscando correlações entre esses perfis com a gravidade tumoral e os desdobramentos clínicos pós-operatórios (consumo de calorias diárias e alimentos in natura na dieta habitual pré-diagnóstico), por meio do Índice de Massa Corporal (IMC), Percentual de Perda Ponderal (PPP), Questionário de Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG), Questionário de Frequência Alimentar (QFA) e Recordatório Alimentar 24h (T0). Em pesquisa aos prontuários (T1), foram verificados os desdobramentos clínicos póscirúrgicos imediatos e estadiamentos tumorais. Para descrever o perfil da amostra, foram feitas tabelas de frequência das variáveis categóricas com valores de frequência absoluta (n) e percentual (%) e estatísticas descritivas das variáveis numéricas, com valores de média, desvio padrão, valores mínimo e máximo. Para comparação das variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-quadrado e, quando necessário, o teste exato de Fisher. Para as variáveis numéricas foram utilizados o teste de Mann-Whitney para 2 grupos e o teste de Kruskal-Wallis seguido pelo teste de Dunn para localização das diferenças, quando necessário para 3 ou mais grupos. O nível de significância adotado para o estudo foi de 5%, (p≤0,05) e correlacionados os resultados pré-operatórios com os desfechos clínicos pós cirurgia e gravidade tumoral. Resultados n=162 no primeiro momento (T0) e n=102 no segundo momento do estudo (T1), com idade média de 64 anos (±10,5 anos), sendo 74 do sexo masculino e 28 do feminino. Neoplasia de próstata, n=29, de bexiga n=38 e de rim n=35. Pacientes portadores de câncer de próstata que apresentaram complicações clínicas pós-operatórias foram 31% da amostra. Em relação ao perfil nutricional, 31% referiram algum grau de desnutrição (ANSG), 52% se encontravam em sobrepeso ou obesidade (IMC) e 45% apresentaram PPP significativa/grave. Considerando a dieta habitual dos indivíduos, 76% apresentaram consumo de calorias em excesso, 97% referiram consumo baixo/ausente em alimentos in natura. Encontramos correlação significativa entre maior consumo de alimentos in natura com PPP ausente/não significativa (p=0,0122), com menor gravidade tumoral (p=0,0031) e com menor quantidade de dias de internação (p=0,0013), entre pacientes considerados bem nutridos (ANSG), em eutrofia (IMC) referindo PPP não significativa/ausente com complicações pós-operatórias leves/ausente (p=0,0021). Conclusões: esse estudo, sugere a hipótese de que a presença de obesidade pode elevar os riscos de desenvolvimento de tumores prostáticos; a desnutrição prévia, pode acarretar piores desfechos clínicos pós-operatórios; a dieta habitual inadequada, com baixo consumo de alimentos in nat...