Apesar dos muitos esforços a nível estadual, municipal e nacional ao longo dos últimos, um consenso nacional sobre a melhor forma de identificar, rever e prevenir as mortes maternas continua a ser um desafio. O objetivo do presente estudo foi fazer um levantamento epidemiológico dos óbitos relacionados a gravidez, parto e puerpério notificados no estado do Paraná. Estudo ecológico, de série temporal, de abordagem quantitativa e de natureza descritiva com base no DATASUS entre 2016 e 2020. Foram coletadas as variáveis: etnia, faixa etária, local do óbito, nível de escolaridade, macrorregião do estado e causa segundo CID (O00 – O99). Entre os anos de 2016 e 2020, foram registradas 378 mortes, sendo 2020 o ano com maior número de casos (84) e 2017 o menor (57), a variação temporal no estado foi de +1,2% com uma taxa de mortalidade de 3,67 óbitos por 100 mil habitantes. A idade das vítimas variou de 10 a 49 anos. Sendo mais prevalente entre 30 e 39 (40,8%) seguido de 20 a 29 (40,4%). Com relação à etnia, 64,8% dos óbitos ocorreu em mulheres brancas, seguido de pardas (22,2%). A doença agravada no parto foi a causa mais prevalente (20,25%) dos óbitos maternos, seguida por mortes após o puerpério (13,5%), em terceiro (8,2%) esteve a hipertensão gestacional com proteinúria significativa.