“…Esse crescimento progressivo, mesmo que oscilante, tem movido académicos a tentar perceber até que ponto as intervenções penitenciárias têm conseguido estar na letra do dia face às necessidades e especificidades desta diversidade de referenciais identitários no âmago do seio prisional. Em traços largos, as respostas reabilitativas têm-se revelado anémicas, avulsas ou mesmo arbitrárias, conforme o que tem vindo a ser identificado quer pelos estrangeiros em reclusão (Gomes, 2017;Trombik, 2007;Moraes Rocha, 2001); quer pelos staffs prisionais (RuizGarcia e Castillo-Algarra, 2014; Gomes, Machado e Silva, 2012;Hostettler e Acherman, 2008;Kalmouth et al, 2007). Com efeito, temos um maior número de estudos qualitativos no panorama prisional europeu por forma a perceber quer a eficiência quer a lassidão dos staffs prisionais em fazer face a várias questões sensíveis relativas a cidadãos não nacionais sob tutela penitenciária (Mulgrew, 2016 a;Slade, 2016) bem como as vivências prisionais de convivência social (Martynowicz, 2016;Shammas, 2015;Cunha, 2002).…”