O orçamento é considerado um processo importante para a gestão e comunicação da companhia, para auxiliar a identificação de gargalos em potenciais, definir metas e objetivos e avaliar futuras performances. Sendo assim, tem-se como objetivo identificar e analisar as práticas de orçamento de capital adotadas pelas empresas hoteleiras das cidades São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Os dados foram coletados por meio da aplicação de questionários nas três cidades, constituindo uma população de 12 hotéis associados à ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis). Os resultados mostram que o Índice de Rentabilidade é considerado dominante na avaliação do orçamento pelas empresas hoteleiras brasileiras, assim como o Custo do Capital Próprio na definição da taxa mínima de retorno aceitável, a qual é geralmente igual para todos os investimentos. No tocante às etapas mais críticas do processo de análise de investimento, são consideradas pelos gestores à definição do projeto e a previsão do fluxo de caixa. Quanto ao grau de previsibilidade do ambiente hoteleiro, o comportamento dos fornecedores é avaliado como parcialmente imprevisível, o mercado financeiro como eventualmente previsível e o governo avaliado como totalmente imprevisível. E, adicionalmente a isso, obteve-se que os dados macroeconômicos e a expectativa de vida útil são informações obtidas com pouca ou nenhuma frequência pelo sistema de informação dos hotéis.