Este artigo, baseado em uma análise gráfica a partir dos fundamentos da sintaxe visual, discute o importante papel da ilustração psicodélica na indústria fonográfica brasileira nos anos 1970. Ao considerar tal proposição, entende-se que a pesquisa se aproxima da memória gráfica e história do design, pois busca elucidar questões sobre a prática do design gráfico à época, com foco nas aproximações deste campo com a ilustração. São analisadas características projetuais da capa do disco O Jardim Elétrico (1971) da banda Os Mutantes, ilustrada por Alain Voss. Observou-se, ao fim da análise gráfica da composição imagética estampada na capa, que a ilustração e o design gráfico foram ferramentas importantes para a indústria fonográfica na transmissão das mensagens vinculadas à musicalidade e postura política dos artistas, funcionando como representação visual da obra musical e dos diversos acontecimentos sociopolíticos que ocorriam no Brasil naquele momento.Palavras-chave: Design gráfico; Ilustração; Indústria fonográfica. O Jardim Elétrico (1971) by the band Os Mutantes, illustrated by Alain Voss, are analyzed. It was observed, at the end of the graphic analysis of the imagery composition stamped on the cover, that illustration and graphic design were important tools for the phonographic industry in the transmission of messages linked to the musicality and political posture of the artists, functioning as visual representation of the musical work and various sociopolitical events.
This paper, based on graphic analysis according to visual syntax assumptions, discusses the important role of psychedelic illustration in the Brazilian phonographic industry in the 1970s. Considering this proposition, it is understood that the research approaches Brazilian design history, as it seeks to elucidate questions about the practice of graphic design at the time, and the approximations of this field to illustration. The design features of the cover of the album