Acesso e uso racional de medicamentos para hipertensão na atenção primária à saúde

Abstract

Objetivo: Analisar o acesso aos medicamentos e fatores associados ao seu uso por usuários hipertensos na Atenção Primária em Saúde. Métodos: Estudo observacional, descritivo e de corte transversal, tendo como instrumento para coleta um questionário validado que abordou o acesso aos medicamentos e os fatores que influenciam seu uso. Utilizaram-se as variáveis: sexo, idade, escolaridade, tempo de tratamento e quantidade de medicamentos anti-hipertensivos utilizada. Avaliou-se o uso dos medicamentos por 250 pacientes hipertensos, maiores de 18 anos, acompanhados pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família em Manhuaçu, Minas Gerais, Brasil. A coleta dos dados ocorreu em abril e maio de 2018. Utilizou-se o programa STATA, versão 15.1, para análise estatística. Apresentaram-se as variáveis em frequência absoluta e relativa, sendo realizado o teste qui-quadrado. Resultados: Identificou-se associação estatística entre o tempo de tratamento e a idade (p=0,006), entre o uso de medicamento no dia anterior e a idade (p=0,030) e entre o esquecimento do medicamento em viagens e o sexo (p=0,007). Em relação aos hábitos racionais, 91,2% (n=228) dos pacientes não pararam de tomar os medicamentos, mesmo sentindo a pressão controlada. Já 84,4% (n=211) dos participantes não sentiram incômodo por seguir corretamente o tratamento e 80,8% (n=202) não apresentaram descuidos na adesão ao tratamento farmacológico. Conclusão: Os usuários apresentaram acesso aos medicamentos e fazem o uso racional do mesmo, seguindo o tratamento apropriadamente, com bons hábitos. O número de fármacos utilizados não influenciou a continuidade do tratamento e o nível de escolaridade não apresentou associação estatística na utilização dos anti-hipertensivos.

Adesão ao Tratamento e Controle da Pressão Arterial em Idosos Hipertensos

“…A não adesão ao tratamento da HAS contribui para a ocorrência de picos hipertensivos e emergências cardiológicas, além da hipertensão resistente ao uso de medicamentos. A equipe multiprofissional em saúde apresenta importância frente à Hipertensão Arterial Sistêmica, desde o diagnóstico até o tratamento, orientando e atuando para promover melhor qualidade de vida, como orientações para melhorar a qualidade de vida dos idosos com HAS (FERNANDES et al, 2022) A atenção à saúde do idoso que pretenda ser eficiente deve aplicar todos os níveis de cuidado, isto é, possuir um fluxo bem desenhado de ações de educação, promoção da saúde, prevenção e controle de doenças evitáveis, postergação de moléstia, cuidando o mais precocemente possível e reabilitação de agravos, iniciandose na captação, no acolhimento e no acompanhamento/monitoramento do idoso diante de diversas situações patológicas como a HAS e somente se encerra nos momentos finais da vida, onde diversas estratégias são desenvolvidas.…”

Atuação Do Enfermeiro Frente Aos Idosos Com Hipertensão Arterial Na Atenção Básica

“…(16) O medicamento tomado corretamente assume um papel importante, sendo fundamental para diminuir os riscos da doença e promover a recuperação da saúde do paciente. (17) Com a descrição do sono ideal por dia, teve uma média de 7 a 8 horas por dia. Quanto ao número de horas dormidas, é estabelecido como adequado que os idosos tenham de 7 a 8 horas de sono, para manutenção da saúde, como descanso físico, mental, recuperação da energia e bem-estar.…”

Farmaceuticalização E O Uso Racional De Medicamentos: Um Diálogo Entre a Enfermagem E a Saúde Coletiva Na Atenção Básica

“…Assim, tal prática se apresenta como imprescindível oportunidade para o fomento do uso racional de medicamentos no país, uma vez que a atenção básica mostra-se como porta de entrada para o SUS (Nascimento et al, 2018;Mota et al, 2020). Destarte, segundo Franco e colaboradores (2010), a prescrição de medicamentos e a conscientização sobre sua utilização possui função peremptória na assistência à saúde dos usuários e, portanto, urge admitir seu decisivo papel na desconstrução do modelo vigente uma vez que os profissionais de saúde protagonizam indubitavelmente a realidade multifária do usuário no que se refere à proporcionar o acesso adequado e responsável às resoluções das necessidades de saúde (Júnior;Santos, 2021;Fernandes;Bezerra;Temer;Abreu, 2020).…”