Acessos cirúrgicos combinados para tratamento de fraturas em assoalho orbital e lâmina papirácea

Abstract

A região orbitária é bastante suscetível a traumas, visto que apresenta uma posição exposta, além de ser composta por ossos frágeis. Quando indicada, é preciso intervenção cirúrgica para preservar a função visual e harmonia facial do paciente. Os acessos transconjuntival e transcaruncular são descritos na literatura como formas seguras, rápidas, funcionais e esteticamente benéficas para a abordagem ao assoalho orbitário e lâmina papirácea. Sobre os materiais biocompatíveis utilizados, a placa de titânio é inabsorvível e permite fixação interna rígida, sendo moldada às curvaturas naturais dos ossos, com baixo risco de infecção. As folhas de polietileno poroso são polímeros inertes e não absorvíveis que facilitam o crescimento de tecido e reduzem as chances de rejeição. Nesse relato de caso, evidencia-se paciente masculino, 28 anos, vítima de traumatismo facial após prática esportiva que apresentou fratura de assoalho e parede medial orbitária direita, sendo indicada reconstrução orbitária com acessos transconjuntival e transcaruncular para fixação de placa de titânio em assoalho da órbita direita e de folhas de polietileno poroso em lâmina papirácea à direita, respectivamente.

Uso Do Plasma Rico Em Plaquetas Em Tratamentos Ortopédicos

“…A região orbitária representa em torno de 40% das fraturas faciais. Segundo os índices epidemiológicos internacionais, o assoalho de órbita está na quarta posição dentre os traumas craniofaciais diferente dos índices nacionais que apontam como área mais fraturada o complexo zigomático-orbital (COSTA et al, 2019;SOUZA et al, 2018).…”

“…A região orbitária é formada por muitas estruturas nobres e frágeis como alguns ossos, tecidos moles, neurovasculares que são danificados em decorrência de injúrias faciais (COSTA et al, 2019;LOZADA et al, 2019;.…”

“…O diagnóstico das fraturas em região orbitária é feito pelo exame clínico e pela análise de tomografia computadorizada (TC) de face. O principal tratamento é o cirúrgico, para reconstrução anatômica, cuja finalidade é recuperar a harmonia facial, função visual, movimento ocular, evitar recidiva de herniação de conteúdo orbital e o volume orbital, liberação de possíveis aprisionamentos de gordura orbital ou musculatura extraocular, reposicionamento de fragmentos ósseos e reconstrução do assoalho da órbita (COSTA et al, 2019;PENNA et al, 2017;SOUZA et al, 2018).…”

“…O tratamento dessas fraturas é complexo por haver riscos ao conteúdo ocular e orbitário, aparelho lacrimal e tendão cantal medial, além de não existir um protocolo definido de abordagem cirúrgica ou conservadora. Nesse contexto há variedade de vias de acesso entre os cirurgiões, com destaque para as vias subpalpebral, subciliar e transconjuntival (COSTA et al, 2019;LUCAS et al, 2020;PENNA et al, 2017).…”

“…Deve-se levar em consideração que as paredes da órbita são curvas, portanto é necessária muita precisão quanto aos contornos internos para que eles sejam bem adaptados (COSTA et al, 2019;PATEL et al, 2017;SOUZA et al, 2018).…”