Resumo: FUNDAMENTOS: Nos últimos anos, existe um aumento progressivo do contato de moradores urbanos com ambientes selvagens devido a atividades de lazer. Com isso, algumas dermatites pouco conhecidas podem ser observadas nas clínicas privadas e ambulatórios dermatológicos, especialmente nos inícios de semana e finais de férias. OBJETIVOS: Obter e fornecer informações para dermatologistas sobre o problema. PACIENTES E MÉTODOS: O autor observou, em adultos e crianças, dermatites agudas associadas a plantas ou animais em Ubatuba, cidade litorânea de São Paulo, por dois meses (junho/julho de 2006) e na Faculdade de Medicina de Botucatu, também por dois meses (junho/julho de 2007). RESULTADOS: Foram observados 25 pacientes na área rural e 43 na área litorânea nas condições estabelecidas. Em áreas rurais, foram mais observadas fitofotodermatites e picadas de insetos, enquanto em áreas litorâneas traumas por ouriços-do-mar e fitofotodermatites predominaram; entretanto, em ambas as áreas ocorreram outros acidentes de difícil identificação na prática diária. CONCLUSÕES: Devemos estar atentos ao fato de o paciente procurar o dermatologista somente após as fases agudas dos acidentes. Informações sobre as enfermidades mais comuns e suas características podem ser muito úteis para a prática nos consultórios. O autor sugere uma tabela algorítmica para auxílio diagnóstico. Palavras-chave: Animais peçonhentos; Dermatologia; Exposição ambiental; Intoxicação por plantas; Intoxicação por plantas/etiologia Abstract: BACKGROUND: In recent years, there has been increasing contact between human beings that live in urban regions and the wild environment due to a series of activities. As a result, some poorly known dermatitis may present in private and dermatological clinics, especially early in the week and at the end of vacation periods. OBJECTIVES: To obtain and provide information for dermatologists on the problem. PATIENTS AND METHODS: The author observed adult and pediatric patients with acute dermatitis associated with plants or animals in Ubatuba, coastal city of Sao Paulo for 2 months (June / July 2006) and Medical School of Botucatu (June / July 2007). RESULTS: We observed 25 patients in the rural area and 43 in the coastal environment. In rural areas, the most common dermatitis were phytophotodermatitis and the stings of insects and in coastal areas, sea urchin injuries and phytophotodermatitis, but in both areas there were some other accidents that were difficult to identify by regular daily practice. CONCLUSION: We should be alert to the fact that patients seek a dermatologist after the acute phase of injuries. Information on the most common diseases and their characteristics can be very useful to practice in dermatologic clinics. The author suggests an algorithm to support diagnosis.