A produção brasileira de flores e plantas ornamentais vem crescendo anualmente e já se consolida como um importante setor do agronegócio brasileiro. Somente nos cinco primeiros meses do ano de 2011, as exportações brasileiras de flores e plantas ornamentais atingiram US$ 7,6 milhões (Junqueira & Peetz, 2011).O crisântemo (Dendranthema grandiflora), cultivado em vaso é uma das plantas mais populares no Brasil devido à diversidade de cores e beleza de suas inflorescências. A produção brasileira em vaso apresenta rápido crescimento e consiste de uma excelente alternativa de investimento na pequena propriedade agrícola, pois demanda áreas pequenas, apresenta ciclo de produção curto, alto rendimento por unidade de área, resposta fotoperiódica precisa e grande diversidade de formas e cores nas diferentes cultivares (Brum et al., 2007).O crisântemo é classificado como planta sensível ao fotoperíodo e tem o florescimento induzido naturalmente sob fotoperíodo crítico de 14,5 horas. As plantas devem receber luminosidade de, no mínimo, 108 lux no nível das folhas. Essa intensidade luminosa não tem o objetivo de promover crescimento nem fotossíntese, mas atuar apenas sobre o controle fotoperiódico da planta (David & Rossi, 2010). A técnica de "quebra de noite" ou "noite interrompida", por sua vez, visa o uso de iluminação suplementar a fim de realizar o controle fotoperiódico. A utilização de intensidades menores que as recomendadas para o controle fotoperiódico pode determinar a qualidade de vaso. Se o controle não for efetivo, pode resultar em menor biomassa formada no período vegetativo e, consequentemente, menor número de flores por planta (Barbosa, 2003). Entretanto, alguns produtores relatam que quanto maior a intensidade luminosa melhor é a qualidade dos vasos, utilizando intensidades maiores (300 a 800 lux).Outra importante técnica frequentemente utilizada no cultivo de crisântemo em vaso é o desponte apical das mudas, GARDE GP; MUNIZ MA; PÊGO RG; GROSSI JAS. 2013. Data de desponte apical e intensidade luminosa no crescimento e qualidade de crisântemo de vaso. Horticultura Brasileira 31: 659-663.
RESUMOO desponte e a aplicação de dias longos são técnicas culturais imprescindíveis à produção de crisântemo, porem pouco se sabe como estes fatores interferem na qualidade das plantas. Assim o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da data do desponte apical e diferentes intensidades luminosas como "quebra de noite" no crescimento e qualidade de crisântemo de vaso, cultivar Giovani. O experimento foi realizado em blocos casualizados, em esquema de parcela subdividida, em que as parcelas constituíram as intensidades luminosas (157,26; 66,46; 18,73; 7,66 e 3,8 lux) utilizando lâmpadas incandescentes de 100 W dispostas a um metro de altura dos vasos. As subparcelas constituíram as datas do desponte apical (15, 17, 19 e 21 dias após o estaqueamento, DAE), sendo que as plantas permaneceram sob dias longos até aos 21 DAE. No ápice do florescimento foram avaliadas a altura, diâmetro médio de parte aérea do vaso, número ...