O crescimento desordenado das cidades tem contribuído de forma significativa para degradação do ambiente, sendo, os efeitos sobre os recursos hídricos, na maioria das vezes, irreversíveis. Assim, este estudo objetivou caracterizar morfologicamente a microbacia do São Gonçalo e analisar a qualidade da água desse corpo hídrico por meio de parâmetros físicos (temperatura, cor aparente, turbidez, sólidos totais e condutividade elétrica), químicos (alcalinidade, pH, oxigênio dissolvido, demanda química de oxigênio e demanda bioquímica de oxigênio) e hidráulico (vazão). Para caracterização e verificação da qualidade da água na microbacia, foram realizadas análises de parâmetros morfométricos e determinação de parâmetros físicos, químicos e hidráulico, em 2 pontos amostrais (nascente e foz), durante o período de novembro/2014 a maio/2015. Os resultados apontaram que a microbacia, em condições normais de precipitação é pouco propensa a picos de enchentes. Entretanto, a impermeabilização do solo e a ocupação nas proximidades da Área de Preservação Permanente do córrego, podem contribuir para eventos de cheia, tornando-a suscetível ao escoamento superficial e erosão. Possui potencial dispersor de contaminação nas águas superficiais, fato este evidenciado por meio das análises físicas e químicas, as quais indicaram, em sua maioria, valores acima do permitido pela legislação em vigência. Concluiu-se que a qualidade da água, da nascente e principalmente da foz, da microbacia do córrego São Gonçalo está comprometida.