O acesso à água é essencial a manutenção da vida dos seres humanos, entretanto mesmo sendo indispensável, a própria atividade antrópica a torna poluída. Faz-se necessário o desenvolvimento de técnicas alternativas que sejam eficientes na remoção de poluentes, de fácil implementação e possuam viabilidade econômica, dentre tais alternativas o processo de adsorção apresenta-se como uma boa solução. A adsorção consiste na separação de uma fase fluida denominada adsorvato, por meio de uma fase sólida porosa denominada adsorvente, que possui características para aderir uma das espécies que estavam contidas na fase fluida inicialmente, tal capacidade dos adsorventes varia dependendo das características dos materiais, da extensão das alterações químicas, e da concentração de adsorvato. Os compostos farmacêuticos são substâncias amplamente presentes na sociedade moderna, produzidos para atingirem rotas metabólicas de seres humanos e animais, causam por consequência efeitos colaterais, tais produtos estão sendo encontrados no ambiente em níveis que variam de ng L-1 a µg L-1, assim sendo conhecidos como contaminantes emergentes. O objetivo deste artigo foi analisar os trabalhos realizados dos últimos dez anos presentes nas principais bases de dados, para a obtenção de um levantamento qualitativo dos materiais publicados. Para tal, foram realizadas pesquisas quanto a utilização de diferentes adsorventes para a remoção de compostos farmacêuticos da água. Além disso, também foram verificados os melhores materiais e condições para execução deste método de tratamento.