Objetivo: O hematoma subdural crônico (HSDCr) pode ser tratado por diferentes técnicas cirúrgicas. A tendência nos últimos anos tem sido direcionada ao tratamento com realização de duas trepanações e drenagem, seguidas de irrigação exaustiva com solução salina e adaptação de dreno subdural, ao invés da craniotomia. Essa conduta baseia-se em evidências publicadas de que trepanações oferecem eficácia equivalente e menores taxas de morbidade e mortalidade. No entanto, há controvérsias e o tipo de procedimento cirúrgico não é um consenso. Diante da falta de evidência para indicação de craniotomia para o tratamento do HSDCr, o presente artigo tem por objetivo realizar revisão da literatura sobre o tema. Método e Resultados. Foi realizada busca nas bases de dados PubMed e SCIELO, em línguas inglesa e portuguesa utilizando as palavras chaves: “Chronic Subdural Hematoma” e “Craniotomy”. Os principais artigos foram analisados e suas referências rastreadas, de forma a selecionar os trabalhos mais relevantes das últimas duas décadas. As indicações encontradas para craniotomia foram: recidiva do hematoma, presença de coágulos sólidos, organização heterogênea do hematoma, falha do cérebro em se expandir e presença substancial de componente agudizado. Não obstante, alguns autores sugerem eficácia superior da craniotomia em relação às outras técnicas, enquanto outros acreditam em maior eficácia da craniotomia no grupo de pacientes pediátricos. Conclusão. A despeito de algumas divergências encontradas, a maioria dos autores sugere que a craniotomia deve ser realizada em situações de recidivas das lesões ou em casos de coleções heterogêneas.