“…Embora não possamos afastar a possibilidade da presença de pequenas placas ateroscleróticas coronárias, achamos pouco provável a participação das mesmas neste processo, já que precisaríamos acreditar que mais de uma placa tenha se instabilizado ao mesmo tempo ou que o trombo coronário oriundo de uma delas tenha sido responsável pela embolização retrógrada das outras. Para explicar o infarto agudo do miocárdio (IAM) com artérias normais, inúmeros modelos fisiopatológicos [1][2][3][4][5] foram propostos, porém o enigma não foi totalmente desvendado, ficando o espasmo arterial e a agregação plaquetária com conseqüente trombose coronária, seguida de lise e reperfusão, as causas mais prováveis. A trombose coronária em artérias angiográficas normais [6][7][8] , embora não rara, quando presente em múltiplos vasos é incomum 9 , o que torna único o caso relatado.…”