O uso racional de medicamentos é considerado um dos elementos-chave recomendados pela Organização Mundial de Saúde, cuja ausência pode acarretar consequências como reações adversas, diminuição da eficácia do medicamento, perdas de ordem econômica para o governo e/ou indivíduo, interações medicamentosas e agravo do quadro clínico do paciente. O serviço de orientação farmacêutica que envolve esse contexto foi discutido por poucos estudos, considerando-se interessante a utilização de um instrumento validado para demonstrar o impacto do fornecimento de orientação farmacêutica direcionada a pacientes em uso de medicamentos prescritos, o que constitui o objetivo desse trabalho. A metodologia utilizada foi estudo transversal conduzido em uma Unidade Básica de Saúde de Diamantina/ MG. Foi utilizado um questionário para medir o grau do conhecimento do paciente sobre seus medicamentos nos momentos pré e pós a realização de orientação farmacêutica. Após a orientação farmacêutica, observou-se diminuição do percentual de usuários que não conheciam seus medicamentos (73,2%; 93 para 33,9%; 43) e aumento do nível de conhecimento suficiente (14,2%; 18 para 18,9%; 24) e ótimo (11,0%; 14 para 47,2%; 60). Houve aumento do conhecimento dos usuários em todos os itens que compõem o questionário. A orientação farmacêutica apresentou impacto positivo sobre o conhecimento dos pacientes sobre seus medicamentos e constitui uma prática essencial para o Uso Racional dos Medicamentos.Palavras-chave: Prática farmacêutica baseada em evidências. Educação em saúde. Uso de medicamentos.